quarta-feira, 30 de março de 2016

Ativismo nas redes sociais - Dissertação Argumentativa


                               Manifestações nas redes sociais: do acesso à reflexão

A Revolução Técnico-Científico-Informacional ampliou o acesso à internet para população do mundo todo. No Brasil, não foi diferente. O fácil acesso às redes sociais possibilitou interação, conhecimento e inclusive o engajamento com causas e manifestações sociais. Em contrapartida, existem entraves no que tange ativismo nas redes que ferem a democracia e o bem estar social.

É notório que as manifestações exercem papel fundamental na democracia. O MPS (Movimento Passe Livre) que ocorreu em São Paulo, bem como a Primavera Árabe que promoveu uma série de revoluções no oriente são prova disto. Em contrapartida, alguns protestos organizados nas redes sociais tornam-se meros programas de domingo ou simples distração, deixando de exercer o real papel da cidadania. 

Vale ressaltar que os ativismos nas redes sociais correm o risco de disseminar o senso comum e opiniões contraditórias.  Jovens sem instrução histórica bem como pessoas que não são dotadas de conhecimento político e senso crítico são facilmente influenciados. Isto ocorre, por exemplo, em eleições; em opiniões sobre cotas bem como cria "xenofobias regionais", como ocorreu nas eleições  de 2014 com a disseminação da "aversão aos nordestinos". A violência também é inserida devido ao fato dos movimentos serem organizado nas redes sociais - permitindo a presença de miscigenados grupos. Isto favorece a atuação dos black blocs, os quais destroem patrimônios, geram o caos e a desordem. Tudo isto reduz a seriedade das manifestações.

Nessa perspectiva, observa-se que não basta apenas que a sociedade tenha acesso às manifestações, é preciso que haja reflexão acerca da cidadania. Desta maneira, compete ao MEC (Ministério da Educação),  inserir nas escola um programa de ensino "Da história para atualidade" com reflexão da história brasileira e orientação de que os problemas do passado são capazes de explicar as complicações da atualidade, bem como orientar sobre democracia e o respeito às diferentes culturas nacionais. Além disso, o Governo Federal tem de investir em segurança e monitoramento dos locais previstos para que tenha manifestações, como forma de manter a democracia com segurança. Desta maneira, com Governo, sociedade e escolas engajados é possível minimizar os entraves existentes nos ativismos na rede.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Por que as pessoas traem?

Bom, esta é uma pergunta que não tem resposta completa.
Há quem diga que a traição é fruto de interesses econômicos; monotonia na relação; falta de manutenção ao relacionamento; estilo de vida ou mesmo infidelidade.
Eu acredito que um grande motivo de haver a traição é a falta de monogamia.
Não digo que temos de viver como puritanos ou como cegonhas e corvos, mas imagine: alguém que se relacionou a vida toda com apenas um parceiro não terá o pensamento de traição ou troca pensando que poderia estar na posição de conchinha com outra pessoa pois encachava melhor; ou com o abraço de outro por ser mais aconchegante; ou provando da culinária original pois o atual não possui dotes culinários; ou ouvindo piadas e tendo carinhos mais melífluos.

Acredito que um dos fatores da traição é este. A falta de monogamia.

Se você está em um relacionamento e já se engajou com outra pessoas, enterre os momentos com as outras pessoas - mas as respeite - e dê manutenção ao atual.
(Ou faça o que achar ser mais prudente).



                                                                                                           Namaskar.


domingo, 27 de março de 2016

Não troque a foto.

Quem nunca conheceu aquela pessoa incrivelmente linda nas redes sociais e se decepcionou quando a viu pessoalmente? Ou, quem nunca conheceu alguém (ou foi esse alguém) que fica super ansioso e na expectativa de postar uma foto e ver a repercussão que ela terá nas redes sociais, no que tange, curtidas, comentários e conversas externas?
Creio que este seja um dos males que a humanidade vem enfrentando. A necessidade de achar um ângulo, um filtro e um aplicativo que crie ou mostre alguém esteriotipamente melhor do que realmente é. Para um aceitação não apenas de si, mas da sociedade.
E na real? Todas as pessoas que curtem as fotos e comentam nem sempre são tão fundamentais para quem posta - às vezes os que realmente importam nem as vê.
Quando recebo cantadinhas no direct do instagram de pessoas desconhecidas sobre fotos que me valorizam, vou logo jogando a real: "Não sou igual as das fotos. Meu Cabelo é seco. Só tenho tanquinho quando forço e não sou alta como aparento. Tenho apenas 1,60m bem como espinhas". Desta maneira já elimino falsos arquétipos e expectativas.



Por isso, Valorize quem está presente do seu lado. não troque a foto. Troque afeto.

                                                                                                            Namaskar.

sábado, 26 de março de 2016

IS LUA

IS LUA  

Teu canto, me encanta.
Tua voz, me acalanta
Teu sorriso, me abrilhanta
Teu humor me cobre
 como uma manta.

No compasso, perfaço nosso laço, pois
Macio e confortável é teu abraço;
ao atravessar a rua, pega meu braço e
Com melifluidade, ordena meu passo.

Bela menina, tão feminina
No pé de serra, é dançarina
No sentimento, é genuína
 Óh Deus, ela é divina!

A felicidade a gente brinda
A despedida nos blinda,
Mas as coisas findas
muito mais que lindas
Estas ficarão.

                                                  Milli, B. C.
                                      

                                                                    I S L U A
                                                                    I S L U
                                                                    I S L
                                                                    I S
                                                                    I
                                                                    L U
                                                                    L U I
                                                                    L U I S




                                                                                                                           Namastê.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Valorize a mão que segura a sua

Quem nunca estivera a caminhar/dirigir/ ou mesmo no ônibus e quando percebera, acabara de flertar com um simples olhar?
Olhares dizem muitas coisas. Os penetrantes, não necessitam nem de indiretas.

Mas, são justos? são válidos? são adequados?

Estava conversando com uma amiga esta semana que me disse não olhar mais para homens na rua, mesmo se forem conhecidos. Primeiro porque ela não enxerga bem (de modo que não distingue nem a mãe se estiver do outro lado da calçada); Segundo, pela agressão que pode estar se submetendo.
E concordo plenamente com sua decisão - talvez por já ter um olhar que me cativou, ou simplesmente por compreender a decisão dela simplesmente por ser mulher.
Nós, mulheres, temos nossos próprios olhares. Quando avistamos outra mulher muito bonita ou bem arrumada, a encaramos com um olhar que expressa grande admiração ou inveja. Do mesmo modo se estiver de maneira exótica.
Em contrapartida, olhares masculinos perante mulheres nem sempre são com bondade. A maioria das vezes expressa um convite subentendido; uma tentativa de flerte; Admirações maliciosas. E não basta estar de batom vermelho ou de saia para ser vítima disto.

Não condeno os olhares. Há quem goste e trate com reciprocidade de modo que permaneça a caminhada a pensar: "uau, que fenômeno". Mas condeno os olhares de pessoas acompanhadas.

Acho um desconforto tamanho quando algum garoto acompanhado e pior, de mão dada, me encara com olhares penetrantes. Desconforto não apenas por mim, mas pela moça. E penso que nunca queria estar num relacionamento que me equipare à situação dela. E isto acontece em situações do cotidiano. Ao atravessar a faixa de pedestres; ao caminhar no shopping; ao correr; Certa vez, estava numa loja de frente para um espelho e de costas para o casal, e enquanto olhava as mercadorias, o rapaz me encarava pelo espelho. Quando percebi foi um desconforto indescritível.
E não julgo apenas os garotos. Garotas comportam-se da mesma maneira.


Se você gosta de olhares, olhe! Mas certifique-se de quem e como olha.
Se você segura a mão de alguém, valorize o dono da mesma. Não apenas pelo seu parceiro, mas pela manutenção do seu caráter.



                                                                                                      Namaskar.


quarta-feira, 23 de março de 2016

Falta de Mobilidade Urbana II

                                O Caos da Selva de Pedra                                                      
A partir da década de 70, com o início da urbanização no Brasil, a população passou em pouco tempo de rural para urbana. Além disso, a rápida urbanização brasileira ocasionou alguns entraves como a favelização, a falta de saneamento básico bem como fatores que dificultam a economia e a mobilidade urbana.
É notória a diferença existente entre bairros em muitas cidades. O Morumbi e a favela de Paraisópolis em São Paulo são exemplos de dicotomia no que tange habitação, calçamento, privacidade e iluminação. Vale salientar também que nem todos os bairros dispões de calçadas para deficientes ou idosos que utilizam bengalas, uma vez que não disponibilizam de rampas ou contam com placas e postes no meio.Tudo isto gera exclusão social, incita a violência e invalida a constituição que prega a democracia e igualdade.
A falta de mobilidade influência também a economia. No governo de Juscelino Kubitschek a implantação do setor automobilístico impediu o desenvolvimento de outros modais de transportes. A herança disto são as filas de caminhões nos portos de Santos e Paranaguá para escoamento de grãos, por exemplo, assim como a dificuldade para transportar mercadorias no mercado interno entre cidades e estados. Muitas mercadorias transportadas por caminhões não conseguem atingir o prazo de entrega devido ao trânsito, ao congestionamento de carros e à precariedade das vias.
Vê-se, portanto, a necessidade da atuação de Governos e Sociedades. Os Governos municipais devem implantar projetos de mobilidade urbana para padronizar calçadas e ciclovias nos bairros com dinheiro de impostos, sobretudo do IPTU. Os cidadãos, enquanto sociedade, devem usufruir dos modais coletivos, como metrôs, ônibus e automóveis compartilhados, bem como o Governo Estadual tem de subsidiar as passagens para reduzir o preço. Ao Governo Federal compete a implantação de viadutos, manutenção de estradas, plano piloto para incorporação de trens e metrôs e uma rede aeroviária integrada para escoar para os portos produções a serem exportadas. Com estas medidas é possível minimizar o caos semeado na segunda metade do século passado

terça-feira, 22 de março de 2016

Os desafios da educação pública no Brasil

1. Falta de remuneração e estímulo dos professores
Virou de praxe professores reclamarem de salário bem como fazerem greve. Existem dicotomias salariais ridículas. Um vereador, por exemplo, tem de comparecer a uma reunião semanalmente e recebe mais no final do mês que professores que trabalharam a semana inteira.
Tive professores negligentes. Claramente desestimulados. Havia várias que passavam a maior parte da aula conversando sobre assuntos alheios às matérias, sem contar a que passava maior parte da aula "no banheiro".

2. Precariedade nos materiais
No primeiro ano do meu ensino médio (não tem mais de 5 anos) minha turma não tinha livros. Os livros não eram suficientes para todos os alunos, então não eram distribuídos. Seria fácil propor solucionar o problema fazendo apostilas, mas nem todos tinham condições de pagar nem material xerocado. Enquanto isso, no ensino privado, apostilas eram utilizadas e era ganho tempo, pois os alunos não tinham de perder aulas copiando parágrafos de matérias lidos em minutos.
Além disso, nem todas as salas contam com projetor. Matérias e apresentações de trabalhos eram atrasados muitas vezes devido a isto. Há pouco contava com uma professora que trabalhava com retroprojetor na transparência, essa geringonça aqui.

3. Falta de nivelamento entre os alunos
Nem todos os alunos têm as mesma condições. Coexistem alunos que teriam condições de pagar ensino privado mas estão no público para conseguir sistemas de cotas bem como há aqueles que vão para escola apenas para comer o lanche, pois não possuem comida em casa. E isto não é uma realidade distante.
Imagine uma tarefa que exija uma pesquisa a ser realizada na internet. Como nem todos sequer têm computador em casa -nem os livros-, um professor tem de reservar uma aula no laboratório de informática para que todos tenham as mesmas condições de fazer a tal pesquisa. Tarefa que demandaria uns 15 minutos caso tivessem condições básicas.
Outro empecilho é a dicotomia no interesse. Muitos alunos têm de trabalhar e não recebem incentivo dos pais. Fiquei um trimestre inteiro aprendendo a formula da Velocidade Média básica (V= /\S / /\t ). O professor não podia deixar metade dos alunos de recuperação, então repetia o mesmo conteúdo até que todos compreendessem. As notas eram dois extremos: 8 ; 10 e 0 ; 2. Os que conseguiam notas acima da média estudavam minimamente. Os com notas inferiores não tinham interesse nenhuma em estudar.

4. Horários não são flexíveis e serviços prestados à comunidade são limitados
Organizar um grupo de estudos na biblioteca em horário fora da aula é algo utópico. Primeiro que não adiantaria muita coisa, pois o acervo da biblioteca é escasso. Segundo que os coordenadores veriam isto como algo que poderia ocasionar caos, ou um trabalho a mais.


5. Negligência   
Como há alguns professores negligentes e acomodados, por vezes não atendem a demanda dos alunos.
Muitos docentes são efetivos desde a época que concluíram o "magistério". Assim sendo, não se preocupam em se atualizar nas matérias nem em serem bons profissionais, afinal, ninguém os tira do exercício da profissão. São "ensinadas" matérias e dadas respostas vagas e insuficientes aos alunos.
Ou ainda os que têm mestrado não têm pedagogia para ensinar a nível em ensino fundamental e médio, com métodos que os alunos não são capazes de acompanhar.

6. Burocracia
As verbas são má distribuídas e insuficientes. Imagine que seja concedida uma verba para que as escolas consertem as janelas. Caso as janelas estejam em perfeito estado, a verba não pode ser remanejada para o reparo de paredes que quebraram os azulejos, e a verba tem de ser devolvida, por exemplo. Sem contar o dinheiro que é subornado e desviado com a corrupção que existe,
Certa vez fizemos uma viajem pelo programa "Viaja ES Jovem" para uma cidade a 80 km da nossa. Foi concedido ônibus, mochilas, cadernos, crachás e outras coisas do gênero. Não questiono, a educação carece de programas como estes, mas fiquei imaginando quanto dinheiro não foi desviado na compra daquelas mochilas e cadernos que nunca foram usados pela maioria dos alunos.


7. Maior probabilidade de índices de criminalidade e disseminação de drogas
Como não tem de ser pago nada, nem há rigorosa cobrança quanto às disciplinas e cumprimento de tarefas, é fácil existir alguém que sirva como "aviãozinho" dentro das escolas. Muitos professores ficam vítimas desses alunos por medo de possíveis ameaças ou do que podem fazer. Casos como estes são recorrentes, principalmente à noite.



         Estes são alguns poucos desafios na educação pública que vão muito além do âmbito escolar. Engloba família, sociedades, governos, indivíduos, estratégias políticas, gestão publica, bem como a maneira que a renda é divida no país.

         Sonho com uma educação mais justa e igualitária que é capaz de mudar sociedades, governos, indivíduos, estratégias políticas, gestão publica, bem como a maneira que a renda é divida no país.

  Trata-se de um ciclo. Precário e deficiente.
                                                                                       

                                                               
                                                                                                                         Namaskar.

terça-feira, 8 de março de 2016

Falta de mobilidade urbana


O caos da selva de pedra


Os pedestres andam à beira da rua
que não tem calçada.
os ciclistas andam na meio da rua
que não tem calçada.
os carros reclamam dos ciclistas 
que reclamam dos pedestres 
que reclamam que não tem calçada.


As casas não têm garagem.
Os carros estacionam na rua.
Os pedestres andam na rua 
que não tem calçada,
mas que tem carros - estacionados.
Os ciclistas andam na rua 
que tem pedestres,
mas que não tem calçada,
e tem carros - estacionados.

Os carros reclamam dos carros - estacionados,
que reclamam dos motociclistas,
que reclamam dos ciclistas,
que reclamam dos pedestres,
que reclamam que não tem calçada,
nem garagem
mas tem carros - estacionados,


As autoridades passam de carro.
As autoridades reclamam dos motociclistas,
que reclamam dos ciclistas,
que reclamam dos pedestres,
que reclamam que não têm calçada,
que não foram feitas pelas autoridades 
que compraram carros.

                               Milli, B.C.


                                        
            
                                                                          Namaskar.


              

quarta-feira, 2 de março de 2016

Perceba as formigas do mundo

Na última sexta-feira saí com meus amigos e tivemos uma mudança em nosso roteiro.
Tínhamos marcado de nos encontrar numa praça pra sair pra comer. Enquanto caminhávamos rumo a comida, famintos, meu amigo com uma alma ímpar de criança parou e abaixou para olhar a arte de um senhor, exposta no chão sobre um tecido.
Fiquei aguardando, pensando na comida, e o senhor me abordou dizendo que: "você é uma garota de muita sorte por estar acompanhada por estes rapazes. sabe por quê? porque eles demonstraram ter uma coisa que poucas pessoas têm. Curiosidade como crianças." E não é que ele tinha razão?!
Descreverei este senhor: Magro; maltrapilho; com 2 dentes visíveis; 63 anos - aparentando ter mais; mãos sujas, encardidas, assim como os pés, mas com uma alma e um valor imensurável!
Por vezes corria na praia e observava este senhor, assim como vários outros hippies, sentados vendendo sua arte.O que não esperava, era que ele não era como os vários outros.
Acabamos estendendo conversa, a qual durou cerca de uma hora e meia, ali na praça mesmo. Não pude acreditar que tínhamos ficado esse tempo todo em plena sexta feira conversando com um pseudohippie, e o pior: ainda sem termos comido! Mas foi o melhor programa que poderíamos ter feito.
Esse senhor, de nacionalidade Uruguaia, chama-se Ícaro Lemos. Formou-se em filosofia e tem mestrado na área. Morou na china por 11 anos, e obviamente, fala chinês. O que eu me perguntava era, como alguém tão estudado foi para numa situação daquela? sem residência, sujo, vagando por países e estados, dormindo sob a marquise do MASP e em outros lugares públicos.
Perguntei, obviamente, como ele foi para na China e no meu estado. Segundo ele,
Vínculo causa afeto, e afeto, sofrimento. E assim derramei minhas primeiras lágrimas naquela noite, ali, na praça, numa sexta-feira. Sentia uma sintonia muito agradável ao conversar com ele.
Ícaro relatou também que, as pessoas não costumam olhar nos olhos dele pra conversar, e o olham estranho quando entra em algum estabelecimento para comer, mesmo que tenha dinheiro. Consequência disso, ele se alimenta mal.
Também julgou o sistema capitalista. Estávamos numa praça onde havia feira de artesãos, e ele disse que tudo ali era fruto do capitalismo, mas a arte dele provocava o que a arte em si deve trazer: a reflexão.
E conversar com ele me fez refletir assim como refutar minha concepção de que o que importa são as coisas simples. Esse cara era muito sábio. Tinha conhecimento do mais alto nível sobre as áreas da graduação; sobre política; conceitos de física quântica e até sobre sinapses nervosas.
Construí um sentimento de alteridade ímpar por ele.

Sua arte era arame retorcido formando esculturas. Meus amigos e eu compramos quatro formiguinhas que ele vendia (uma pra cada um) - e claro que sem valor estabelecido por ele. Bom, por que formiga? você já ganhou uma formiga? acredito que ninguém tenha ganho, por isso faz a escultura tão especial.
Formigas são dotadas da capacidade de se instalarem sob a terra, trabalham em equipe, são organizadas, dividem funções e compartilham o mesmo ambientes e as mesmas dificuldades.
Guardo a minha com carinho, e lembro com alteridade de meus amigos e do Ícaro.

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Depois de termos comido um churrasquinho - pois já não havia tempo de comer outra coisa aquele horário - reencontramos com ele e demos um bombom. O sorriso daquele homem me fez tão feliz que compreendi o verdadeiro valor das coisas sensíveis,

Quantas pessoas já passaram por você e você sequer olhou nos olhos ou percebeu a presença?

Valorize todos à sua volta e seja uma formiga na vida de alguém.


                                                                                           Namaskar.