domingo, 4 de dezembro de 2016

Caminhos para o combater o racismo no Brasil


                      O fardo do homem branco 


A questão racial no Brasil é marcante desde a sua colonização. Iniciou-se no nordeste com a exploração de mão de escrava na indústria canavieira, passou pelo Sudeste com a escravidão na mineração e produção cafeeira e permanece no país por meio do racismo. Isto implica em problemas de cunho cultural, social, econômico e de segurança pública, os quais precisam ser combatidos. 
Um dos problemas é a intolerância cultural. Religiões como a Umbanda e a macumba, por exemplo, são vistas de maneira pejorativa. Além disso, o sincretismo religioso como o fato de Iemanjá ser modificada em Nossa Senhora D'ajuda ratifica quão intolerante à sociedade foi bem como permanece sendo, visto que brinquedos como bonecas de cor negra não têm a mesma demanda e oferta no mercado que as de cor branca. Isto mostra que "O fardo do homem branco" imposto no final do século XIX para justificar o imperialismo europeu sobre África ultrapassou continentes permanecendo até o século XXI.
Outro ponto a ser avaliado é a dicotomia social. Na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, a favela do Canta Galo - com maioria da população negra - é marginalizada frente à população de Ipanema. Esta dicotomia é evidente em regiões em cidade com histórico de escravidão, como Ouro Preto - MG, Vitoria - ES e Salvador - BA. Gera-se violência e o número de assassinatos por Policiais Militares ser de de maioria negra e pobre é compreendido. Cabe pontuar ainda que o contingente populacional de pessoas negras em grandes cargos bem como nas universidades é ínfimo apesar de o Brasil ser o maior país com população negra fora do continente africano.
Vê-se, portanto, a atuação de governos e escolas. Às escolas compete o dever de orientar e instruir, desde a educação básica acerca da diversidade religiosa e cultural bem como da importância de elementos africanos para composição da identidade nacional, por meio de gincanas e intercâmbios com escolas na África. Governos municipais devem promover tarde recreativas com atrações nacionais como modo de reunir periferia e centro. A polícia militar tem de criar um comitê com reuniões semanais para propor medidas de modo a reduzir ou número de assassinatos bem como o Governo Federal deve ampliar as políticas afirmativas em concursos públicos até equilibrar o continente populacional de negros em grandes cargos. Deste modo, com uma boa gestão pública, é possível minimizar o peso do fardo do homem branco sobre a população negra.  

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