terça-feira, 30 de junho de 2015

Os pouquinhos da vida

Acredito que intensidade da vida esteja nos pouquinhos, nos singelos traços do cotidiano.

A verdadeira intensidade está na animação de um bom dia; na sensação de sentir o vento ao pedalar ou correr; no ato de fazer xixi quando se estava muito apertado; na hora da refeição, em que se come com vontade num momento de fome; no sorriso de um amigo que não vê há algum tempo; numa ligação inesperada; na sensação de sentir um cheiro que remete momentos bons, no estado de cansaço mas com o mantra  de "trabalho cumprido"; no abraço apertado e aconchegante; em acordar e olhar o despertador e enxergar que ainda há mais meia hora de sono; no carinho dos pais; na admiração de um por do sol; na gratidão pela chuva; na sensação de arrepio ao sentir as primeiras irradiações solares na pele em um dia frio; ao comer chocolate ... Tudo isso libera endorfina, serotonina e comprova como os prazeres se fazem presentes em situações simples. Uma das maiores virtudes é saber valorizar as ocasiões singelas.

É comum procurarmos a felicidade no final de trajetórias. entretanto, temos de levar em conta que o estado da felicidade e os prazeres mais gostosos estão no percurso rumo à trajetória que estabelecemos. E esses pouquinhos da caminhada têm de ser valorizados e vividos intensamente, sem a perda do foco.

Certa vez me deparei com a seguinte situação:

" - Pode falar que gosta muito de mim
- Gosto só um pouquinho 
Só um pouquinho do infinito, né?
Só um pouquinho entre 1 e 2."

                                                  "Alguns infinitos são maiores que outros" John Green

Pra alguns, isso talvez signifique um corte ou uma clara resposta de asco ou exclusão. 
Para outros, têm-se a observação de que existem infinitos números entre 1 e 2. Oras, entre estes itens há o 1,1; 1,2; 1,002;  1,0015; 1,56718; 1,9994... . É o ponto de vista que decide se o copo pela metade está meio cheio ou meio vazio. É um pouquinho de cuidado ao observar e analisar fatos que os tornam grandiosos. 
As coisas singelas são as que realmente valem a pena serem vividas e relembradas.
                                       


Porque a chuva molha, mas um copo d'água sacia.


                                                          Namaskar.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O E F Ê M E R O



Por várias vezes, me pego pensando em como as relações pessoais são efêmeras.
Conheci um casal que durou cerca de 1080 dias.  (Atualmente não estão juntos mais - e não me atrevo a dizer que o término se deu porque "não tava dando certo". Claro que deu certo, oras, os 1080 dias são a prova disso).
E eles dividiam tudo. dividiam o último biscoito do pacote, bombons, piadas, risadas, respeito e inclusive a felicidade.  Talvez porque fossem um casal muito tradicional ou porque mantinham a magia das crianças que existiam dentro de si. Talvez foi até a contemporaneidade e o amadurecimento que destruiu a estabilidade dos dois. mas enfim ...
Não enxergo a solidariedade e a alteridade na sociedade atual, e quando há, é algo tão extraordinário que acaba sendo motivo de idas a programas de tarde de final de semana (que costumam ser grotescos), ou exclusão e vítima social. Mas boas ações e relações fortificadas têm de fazer parte da sociedade, não só em relacionamentos afetivos, mas no que tange amizade e alteridade pelo próximo também.

Relações interpessoais tendem a ser supérfluas, efêmeras e instáveis. Além disso, observo pessoas que  vivem pelo corpo e pelo espelho, com porcentagem de neurônios e gordura proporcional e acham que é normal.
 Não é preciso esforçar-se tanto pra perceber isso. Quantas relações é possível observar ao redor que são fundamentadas por status ou pela imagem?
Observo, de maneira clara, relacionamentos em que não há sentimento verdadeiro. o que existe é um conforto e uma agradável imagem a ser passada para sociedade. Relacionamentos em que, pelas pessoas serem lindas e esculpidas, aparentam ser exemplos. NÃO SÃO! A beleza vai muito além disso.

"O essencial é invisível aos olhos." - Trecho de O pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

O sentimento se faz verdadeiro nos momentos mais singelos. Acredito que a prova da confiança e da veridicidade do que se sente dá-se em momentos frágeis. Prova de sentimento não é sair para jantar num lugar elegante, com roupas a rigor; não é ir à festas e compartilhar fotos clichês; não é divulgar padrões capitalistas e ostentar. (não condeno nenhuma dessas práticas, caso condenasse, orientaria moradia em ilhas).  Mas muitas vezes isso é a prova de como o sistema nos corrompe.
Sentimentos verdadeiros são aqueles em que existem risadas espontâneas, ataques de cócegas; pipocas e filmes numa tarde comum; piadas improvisadas; elogios sinceros; é enxergar o outro num futuro, sem a rigidez da pele, sem os padrões de mercado, e ainda assim sentir carinho, vontade de ajudar e estar presente com sentimento genuíno. Sentimento de verdade, é enxergar o próximo e o tratar da mesma maneira que gostaria de ser tratado. E tudo isso é difícil de ser encontrado.




T A N G Í V E L     F U N D A M E N T A D O
T A N G Í V E            F U N D A M E N T A D
T A N G Í V                   F U N D A M E N T A
T A N G Í                          F U N D A M E N T
T A N G                               F U N D A M E N
T A N                                      F U N D A M E
T A                                              F U N D A M
T                                                     F U N D A
T É                                             F U N D
T É R                                      F U N
T É R M                              F U
T É R M I                         F
T É R M I N                  FI
T É R M I N O           FIM



O esquema acima resume bem o que digo. Repentinamente, o que antes era estável e tangível, torna-se instável e tem um término, assim como o que era sórdido e bem fundamentado chega ao fim. Assim como o casal que conhecia.
Ora, aposto que não é preciso fazer muito esforço pra pensar em alguém que já foi de grande confiança e proximidade um dia, e hoje, são desconhecidos praticamente.
Pessoas são objetificas. Apaixonam-se pelo que inventam do próximo, e ao decepcionarem-se com as vírgulas idealizadas, descartam-as com um poto final.

Acredito que isso aconteça porque as pessoas mudam, mas não apenas pela sociedade corrompe-las, como diz a máxima de Rousseau. O tempo, e por consequência as novas experiencias, exigem nova realidade, adaptação, conduta e visão de mundo. Talvez isso tenha acontecido com aquele casal. Eles mudaram, e a relação deixou de existir, porque não havia como permanecer um relacionamento sem as pessoas que o compunham.

Dessa vez, não sei o que desejar além do "Namastê". Só espero. Espero por pessoas que saibam respeitar o próximo - sem tratá-lo como balões, os quais podem ser enchidos e estourados a qualquer momento, e que com o tempo perdem o vigor e a utilidade. E espero por pessoas que saibam dar valor à situações singelas.


segunda-feira, 22 de junho de 2015

A felicidade no século XXI

Com as ascensão das Revoluções Industriais e como consequência a modificação dos modos de produção, perfis sociais foram alterados. Um deles foi a definição da felicidade. Atualmente, em plena Revolução Técnico-Científica-Informacional, o termo felicidade nas sociedades capitalistas é facilmente ligado com férias, itens que seguem padrões de consumo e lugares paradisíacos.

Entretanto, tem de ser considerado as diversas sociedades existentes, assim como as diferentes maneiras de desenvolvimento que cada sociedade possui para que a avaliação sobre felicidade seja pertinente. Felicidade é apenas questão de adaptação.

Em meados do ano passado, estava procurando informações sobre as hidrelétricas com projetos no norte do Brasil, como as de Jiral (RO) e de Belo Monte (PA). Assistindo a um vídeo de acadêmicos de jornalismo sobre o assunto, me deparei com a seguinte situação: uma família de ribeirinhos teriam de deixar a região em que sempre moraram e tinham relação de subsistência, pois seria uma área alagada pela expansão dos rios devido a hidrelétrica, mas receberiam uma indenização. A indenização não era nenhum valor extraordinário, mas era suficiente para que fossem construir uma nova vida em outra região. Entretanto, a felicidade daquela família estava ali (o que eu fiquei pasma, é que me coloquei no lugar daquela família. Eu, apesar de adorar roça, não seria capaz de viver naquelas condições. As roupas eram lavadas em córregos, a casa não era tão arejada nem organizada nem de alvenaria), mas era a condição e a adaptação daquelas pessoas. Não observo a felicidade de um morador da grande São Paulo naquela região assim como pessoas como aquelas na grande São Paulo. Claro que há exceções . Mas por isso acredito que felicidade seja meramente adaptação, relevando mais uma vez a diferença desta com evolução.

Assim, não é possível definir um padrão absoluto de felicidade, uma vez que não é uma medida tangível nem ligada à parâmetros capitalistas em todas as sociedades. Em contrapartida, também não é possível alcançar a plena felicidade com violência, precariedade de saneamento básico, doenças venéreas e virais.

Vale ressaltar que, a felicidade já é considerada um indicador de desenvolvimento na atualidade e leva em conta condições como alimentação, moradia, saneamento e saúde. Além disso, em 2014, pelo sétimo ano seguido, o povo brasileiro foi o mais otimista quando o assunto é felicidade futura. Lideram esse otimismo os nordestinos, seguidos pelos moradores do Centro-Oeste, do Sul, Norte e Sudeste. (Creio que esses dados por si só, considerando a concentração de capital nas regiões, sustenta a afirmação de felicidade ser apenas questão de adaptação, independente da condição monetária ou social).

Desejo que todos sejam capazes de adaptar-se (mas não acomodar-se!!!) às realidades que estão inseridos, e que tenham bos gestão pública municipal e estadual, para gerir prioridades básicas sociais,





                                                                                                           Namaskar.


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Confiança

A desconfiança é fruto da inteligência. Inteligência possessa da certeza de que o conhecimento do bem é também o conheicmento do mal. Confiança é algo que para existir no homem precisa se impor contra seus instintos de inteligência programada para desconfiar.

Acredito que para se adquirir confiança, seja necessário o teste da plataforma, como acabo de classificar.
É como se fosse necessário, dentro das relações humanas, um terreno imaginário para que tudo se formasse. Um terreno o qual tivesse a forma de uma plataforma giratória, um grande disco horizontal móvel em torno de um eixo. Essa plataforma teria de comportar uma pessoa (que teria sua confiança em teste). Caso a pessoa de mantivesse equilibrada sobre a plataforma instável, e mesmo assim sentindo-se segura, a confiança teria sido conquistada.
Entretanto, pelo terreno ser giratório, é possível que abalos afetem o equilíbrio e altere a estabilidade do local, fragmentando a confiança conquistada. 
E é exatamente isso que enxergo e vivo! 
Não sou capaz de me equilibrar sobre plataforma alguma. Não procuro terrenos     exuberantes, não peso muito, só preciso de algo que me comporte (e juro que nem é tão difícil). 
Tenho testado algumas plataformas ultimamente, e o grande problema é que, quando ponho o primeiro pé sobre a plataforma e me sinto confortável para equilibrar os dois, o do terreno provoca um abalo sísmico que instabilida a superfície do terreno que cultivo para manter meu sentimento confiável, o que faz com que não tenha coragem de me sustentar ali.
E esse é o problema. Sao os abalos sísmicos das relações interpessoais. Porque tudo é muito efêmero, tudo é muito supérfluo e movido por arquétipos.
E aí, quando analisam que não sou capaz de confiar e acreditar, idealizam uma visão negativa, como se a culpa fosse minha. 
Carrego cicatrizes. E os abalos sísmicos das reações a potencializam. Fazendo com que minha falta de confiança também seja pontencializada.
São grandezas diretamente proporcionais. 


        C = EP 
              Ct x Ab. S
Onde, 
C = Confiança
EP = estabilidade da plataforma 
Ct =cicatrizes 
Ab. S= abalos sísmicos das relações pessoais 

Se dessa maneira complicou, tente imaginar essa plataforma como uma corda bamba, e os abalos sísmicos como as vibrações que a corda sofre. 
Para que haja confiança, tem de haver equilíbrio de quem está na corda, assim como crença em quem está a provoca as vibrações nas estremidades.

                                   



Além disso, a confiança é baseada nas coisas singelas. Uma ligação,  uma simples palavra, um singelo gesto ou olhar podem complementar tal segurança. 

Assim sendo, não tenho confiança, tenho  fé.  Tenho fé no amor dos meus pais por mim, que é algo divino e sim, me permite confiança, e só. Tornando um mantra ainda mais forte dentro de mim, a tal frase do Santo Inácio de Loyola, a qual me fornece um pouco mais de orgulho de ser espírito Santense 

"TRABALHA COMO SE TUDO DEPENDESSE DE TI, E CONFIA COMO SE TUDO DEPENDESSE DE DEUS" 


                       


Nessa frase, observo a confiança ligada intrinsecamente com a fé.


Desejo a todos relações estáveis e confiança para que possam apoiar os dois pés sobre plataformas e cordas. Caso não seja possível, desejo o equilíbrio interior e a redução das lágrimas. 


Namastê.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Solo - 17 de Junho: Dia Mundial do Combate à Desertificação e à Seca


                                 
   
Em um dia como esse, nada mais oportuno que falar sobre a importância do solo.
Compondo um dos quatro elementos, ele se inclui: TERRA, água, fogo e  ar. 

É formado pela desintegração e pela decomposição das rochas, assim como por:
Matéria Orgânica, - garante  fertilidade;
Ar - fornece oxigênio; 
Minerais - servem de nutrientes;
Água -  transporta os minerais.

Não é possível obter clareza sobre o tempo de sua origem, uma vez que o tempo e a variedade de cada solo depende da região, das correntezas, dos ventos, da topografia, da cobertura vegetal, das intempéries climáticas assim como da ação antrópica e da rocha matriz.

                                    

As camadas presentes no solo são classificadas como horizontes do solo. O conjunto de horizontes, é determinado de Perfil do Solo. De acordo com o desgaste da rocha matriz, é possível obter 
Rocha Matriz recém-exposta (na figura, 'Rocha')
Solo Jovem (litossolo)  (na figura, 'solos jovens')
Solo Raso (Cambissolo) (na figura, 'solos jovens')
Solo Maduro (Podzol) (na figura, 'solo maduro')


Classificação dos Solos
Esta leva em conta os diferentes processos de formação
-Zonais: Possuem formação relacionada à fatores climáticos.
-Interzonais: Indicam características do relevo local ou da rocha de origem.
-Azonais; solos desenvolvidos, como os de deslizamentos. Estão em todas as latitudes.

Tipos de Solo
- Arenoso;
- Argiloso;
- Humífero;
- Massapê;
- Laterício;
- Latossolo;
- Litossolo.

Um dos tipos de solo é o de "Terra Roxa", comum no sul de sudeste do Brasil. Aspecto interessante sobre esse solo é que, ele é vermelho, e não roxo.  Os imigrantes italianos, ao chegarem em locais como o Vale do Paraíba, em São Paulo, para trabalharem nas lavouras de café, utilizaram seu idioma e chamaram de "terra rossa" (em italiano, 'rossa' é vermelha), ganhando o nome popular de terra roxa.

Vale salientar que quanto maior for a quantidade de matéria orgânica, mais escura será sua cor. O solo  ideal é aquele  que possui alta fertilidade, não apresenta deficiência de água e oxigênio, não está sujeito à erosão e degradação e não é raso,

Atualmente, o solo sofre com as mudanças climáticas e com a ação antrópica sobre ele.
 Erosão, com a formação de sulcos e ravinas, e posteriormente, voçorocas;
Contaminação por agrotóxicos e fertilizantes (posteriormente contamina também o lençol freático);
Ocasionam o assoreamento de rios;

Além disso, ocasiona também a desertificação, que é o processo em que o solo é tão explorado, que perde seus nutrientes e propriedades, sendo em muitos casos, de perda irreversível, mesmo com correção de pH, adubação e calagem e tantas outras técnicas pedológicas.

Costumo dizer, comicamente, que meu cabelo quando muito seco está desertificando. Entretanto, é possível fazer uma hidratação, um corte ou simplesmente esperar que ele nasça para que eu o usufrua. Em contrapartida, a formação do solo dependeu de milhares de anos, não sendo possível que nós, seres humanos, reconstrua-o 100% para usufruir da mesma maneira inicial em curto prazo. 
Assim, cabe a cada cidadão economizar água (ora, ela faz parte intrinsecamente dos ecossistemas, sendo fundamental para o solo); Compreender a procedência dos minerais a seres utilizados com fins econômicos no cotidiano; utilizar da coleta seletiva, e aproveitar a matéria orgânica para adubação; Em caso de plantações, utilizar a rotação de cultivo; utilizar adequadamente fertilizantes e agrotóxicos (assim como realizando o devido descarte de suas embalagens).


Esclarecimento
Compreendo que tenha fugido do tema comemorativo do dia de hoje, me orientanto apenas ao tema solo. Mas a questão comemorativa inicialmente é a desertificação, o que de certa forma, me permite isso. A água é um tem que vem sendo debatido nos últimos anos com bastante frequência, assim como já foi abordada por aqui.

Assim, 

Desejo a todos um feliz dia do Combate à Desertificação e à Seca.

      Um beijo e um copo d'água para irrigar suas plantinhas.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O HICC

Antes de motivar críticas, características de mal amada e deduções extremas, avalio que há uma grande probabilidade de ser apenas uma fase. Mentira, acredito iludidamente ter opinião formada, hahahaha.
Venho por meio deste mais uma vez lamentar por datas. Pode parecer supérfluo ou até fútil. Mas amanhã é dia 12. Dia doze de Junho. Um dia muito brega, com cheiro brega, com decoração brega, mas tudo muito lindo!
Entretanto, não seria tão lindo caso não fossem as mulheres. Creio que o dia de amanha deveria ser outro dia 08 de maio. E NÃO, não sou feminista, (prezo pela igualdade dos sexos), mas as mulheres são muito mais incríveis.
Já parou pra pensar o que seria dos relacionamentos sem a presença feminina? E quantos relacionamentos são sustentados pelo vulgo "sexo frágil"? Além do mais, já se deu conta do quão uma mulher passa por mais oscilações no mês do que os homens?  - Não me refiro apenas por questão dO incômodo mensal.
A uns dias atrás estava conversando com um amigo e enquanto olhava pra ele reparei seus olhos, muito bem limpos. Pensei se os meus também estariam daquela maneira. Que estavam limpos eu tinha certeza, mas estavam cuidadosamente com rímel que passo toda  manhã, junto de protetor solar, base, pó e blush. Além disso, esse mesmo amigo estava com barba (cerca de 3 meses ele não a faz, parece um Marxista nada contra os marxistas), a qual esconde espinhas e possíveis 'imperfeições'. E eu tinha feito limpeza de pele há três dias (isso é tão desgastante que saí do salão com aspecto de que tinha ralado o rosto na brita. Meu pai ao me ver pediu se tinha ido ao matadouro).
Além disso, cuidar do cabelo não é fácil. Ainda mais em um país tropical como o Brasil, que estimula o suor e a oleosidade dos fios. Muitos cabelos têm de ser lavados, hidratados e como se não bastasse todo esse tempo gasto, em alguns casos, ainda têm de ser secos. Fora esses fios, pernas, buço, axilas e virilhas devem ter manutenção por uma questão que vai além da higiene.
Vale ressaltar a questão das vestimentas, porque claro, não pode ser vulgar, assim como não é tão simples quanto achar uma camisa social, calça jeans e um confortável tênis casual. E se estiver gordinha é alvo de comentários, magra demais idem. Se estiver dentro dos "padrões" - ridículos por sinal - adquiri o arquétipo de maromba, de bombada, de que vive em função do corpo ou que não tem ligação com a igreja.
Aí posso ser julgada por seguir padrões capitalistas e não ter personalidade própria. ok. Agora me pergunto qual julgamento a sociedade, minha família e meus amigos fariam de mim (e onde minha auto estima iria parar) caso deixasse de lado os cuidados diários com o rosto (porque tem dia que acordo com cara de usuária de crack), com depilação, com cabelo, com exercícios e atividade física.
Ah, e põe na conta o fato de termos de estudar e ser tão inteligentes quanto (e muito mais em algumas circunstâncias) que os homens. E pasmem: em 2015, pleno século XXI, tenho um professor de exatas que subestima a capacidade de suas alunas.
Como se não bastasse, mulheres são constantemente alvo de críticas estéticas. Conheço uma garota que foi julgada por um amigo pelo cabelo e pela quantidade de espinhas três que tinha na testa. Isso é desgastante!

Um grande fodasse a sociedade e aos padrões!

Nesse dia dos namorados, me apresento como aquele ser pertencente à sociedade que não olha para os garotos solteiros e os classifica como 'lobos à caça' e para as garotas solteiras como 'as encalhadinhas do rock'. Como uma garota, confio na potencialidade, força e vigor que existe dentro de cada uma, e sei que elas são capazes de se divertir entre elas sem a necessidade dos garotos, É uma questão de equilíbrio interior.
E digo mais: não somos o sexo complicado. Os homens que são tranquilos demais. Enumero casos em que mulheres desmembram os problemas ocasionados pela tranquilidade dos homens.

OBS.:  Admiro singularmente a simplicidade e a humildade de todos os garotos, assim como acredito no potencial que eles têm de se divertir sozinhos, assim como são capazes de resolver problemas.


Pra finalizar,

José de Alencar utilizou o anagrama da palavra AMÉRICA para formar IRACEMA. Não sei se por gostar muito da América ou se por estar de saco cheio dela.

À todas as mulheres, que eu chamo de meninas, um brinde...
um brinde às nossas n's capacidades, um brinde as que estão em um relacionamento (e de coração, que seja duradouro) e um brinde especial às que não tem de aturar ninguém, que saem e dão satisfação apenas aos pais, que não são sugadas nem exploradas por ninguém e que se comportam de formam prudente de acordo com sua própria conduta



... E um soluço, que motiva as gargalhadas por meio da embriaguez que essa sexta-feira 12 nos permite

"-HICC"

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Condições de temporalidade - À procura da evolução + estabilidade



Primeiro de Junho. 01/06 de um universo de 12 meses. 1º dia do mês do meio do ano.
Pra muitos isso é mais uma data no calendário. Pra mim, é uma data carregada de nostalgia, saudade, e arrisco dizer que talvez exista até um medo. E esses sentimentos se potencializam quando se aproxima do dia 15/06, que desde criança acredito ser o meio exato do ano.

Para os pessimistas, a visão é de que "já se passou meio ano", para otimistas "ainda há meio ano pela frente"
Mas, por que dessa data me assustar? porque nela, eu reflito sobre quão rápido o tempo passa. O quão rápido a vida passa. Me leva ao questionamento se estou sabendo usufruir de tudo que Deus e as circunstancias me disponibilizam, e se estou fazendo isso da maneira certa.

Hoje tive aula com um Fera que afirmou que "As relações humanas não se leem temporalmente". Isso passa a ser notório quando você analisa relacionamentos afetivos, por exemplo. É comum em ciclos de amizades, quando surge o assunto que alguém vai se casar, a pergunta do tipo: "vocês namoram a quanto tempo?". Comumente, quando a resposta ultrapassa 5 anos, é algo considerável. Entretanto, caso a resposta remeta a um curto período, causa espanto.

 Ora, o que dá a garantia de que um casal que vive por cinco anos tenha tido mais experiencia que envolva confiança e cumplicidade do que um que esteja junto por menos de um ano?
Esse mesmo Fera, há algumas semanas, me fez cair na real sobre os diferentes significados e Adaptação e Evolução, potencializando meus sentimentos nostálgicos. Segundo dicionários,:               
  "ADAPTAÇÃO: s.f. Ação de adaptar; resultado desta ação; Adaptação ao meio, ação modificadora dos fatores externos sobre o comportamento e a estrutura dos organismos vivos: adaptação das plantas ao clima seco;
EVOLUÇÃO: s.f. Teoria de acordo com a qual as espécies sofrem alterações pela ação das mutações e pela seleção natural: evolução das espécies; Progresso; processo em que há modificação constante e progressiva,
alterando um estado ou uma condição."
  Potencializa, pelo medo. É mais fácil mudar, evoluir, quando não se está adaptado à uma realidade. Entretanto, a partir do momento em que você se adapta, estabelece relações e laços afetivos tanto com pessoas quanto com um local, a evolução apresenta risco. O novo, a instabilidade - temporária ou permanente- (porque até o tempo de instabilidade numa evolução torna-se uma incógnita)
Seres humanos, diante da possibilidade de algo estável alterar de estado ou condição e passar a ser instável, tronam-se frágeis. Medrosos. Assim como eu no momento.

Por enquanto, desejo um mês de junho carregado de expectativas, realizações, instabilidades para o amadurecimento, mas seguidas da estabilidades para acalmar a mente e a alma.

  Namastê.