
Primeiro de Junho. 01/06 de um universo de 12 meses. 1º dia do mês do meio do ano.
Pra muitos isso é mais uma data no calendário. Pra mim, é uma data carregada de nostalgia, saudade, e arrisco dizer que talvez exista até um medo. E esses sentimentos se potencializam quando se aproxima do dia 15/06, que desde criança acredito ser o meio exato do ano.
Para os pessimistas, a visão é de que "já se passou meio ano", para otimistas "ainda há meio ano pela frente"
Mas, por que dessa data me assustar? porque nela, eu reflito sobre quão rápido o tempo passa. O quão rápido a vida passa. Me leva ao questionamento se estou sabendo usufruir de tudo que Deus e as circunstancias me disponibilizam, e se estou fazendo isso da maneira certa.
Hoje tive aula com um Fera que afirmou que "As relações humanas não se leem temporalmente". Isso passa a ser notório quando você analisa relacionamentos afetivos, por exemplo. É comum em ciclos de amizades, quando surge o assunto que alguém vai se casar, a pergunta do tipo: "vocês namoram a quanto tempo?". Comumente, quando a resposta ultrapassa 5 anos, é algo considerável. Entretanto, caso a resposta remeta a um curto período, causa espanto.
Ora, o que dá a garantia de que um casal que vive por cinco anos tenha tido mais experiencia que envolva confiança e cumplicidade do que um que esteja junto por menos de um ano?
Esse mesmo Fera, há algumas semanas, me fez cair na real sobre os diferentes significados e Adaptação e Evolução, potencializando meus sentimentos nostálgicos. Segundo dicionários,:
"ADAPTAÇÃO: s.f. Ação de adaptar; resultado desta ação; Adaptação ao meio, ação modificadora dos fatores externos sobre o comportamento e a estrutura dos organismos vivos: adaptação das plantas ao clima seco;
EVOLUÇÃO: s.f. Teoria de acordo com a qual as espécies sofrem alterações pela ação das mutações e pela seleção natural: evolução das espécies; Progresso; processo em que há modificação constante e progressiva,
alterando um estado ou uma condição."
Potencializa, pelo medo. É mais fácil mudar, evoluir, quando não se está adaptado à uma realidade. Entretanto, a partir do momento em que você se adapta, estabelece relações e laços afetivos tanto com pessoas quanto com um local, a evolução apresenta risco. O novo, a instabilidade - temporária ou permanente- (porque até o tempo de instabilidade numa evolução torna-se uma incógnita)
Seres humanos, diante da possibilidade de algo estável alterar de estado ou condição e passar a ser instável, tronam-se frágeis. Medrosos. Assim como eu no momento.
Por enquanto, desejo um mês de junho carregado de expectativas, realizações, instabilidades para o amadurecimento, mas seguidas da estabilidades para acalmar a mente e a alma.
Namastê.
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