Com as ascensão das Revoluções Industriais e como consequência a modificação dos modos de produção, perfis sociais foram alterados. Um deles foi a definição da felicidade. Atualmente, em plena Revolução Técnico-Científica-Informacional, o termo felicidade nas sociedades capitalistas é facilmente ligado com férias, itens que seguem padrões de consumo e lugares paradisíacos.
Entretanto, tem de ser considerado as diversas sociedades existentes, assim como as diferentes maneiras de desenvolvimento que cada sociedade possui para que a avaliação sobre felicidade seja pertinente. Felicidade é apenas questão de adaptação.
Em meados do ano passado, estava procurando informações sobre as hidrelétricas com projetos no norte do Brasil, como as de Jiral (RO) e de Belo Monte (PA). Assistindo a um vídeo de acadêmicos de jornalismo sobre o assunto, me deparei com a seguinte situação: uma família de ribeirinhos teriam de deixar a região em que sempre moraram e tinham relação de subsistência, pois seria uma área alagada pela expansão dos rios devido a hidrelétrica, mas receberiam uma indenização. A indenização não era nenhum valor extraordinário, mas era suficiente para que fossem construir uma nova vida em outra região. Entretanto, a felicidade daquela família estava ali (o que eu fiquei pasma, é que me coloquei no lugar daquela família. Eu, apesar de adorar roça, não seria capaz de viver naquelas condições. As roupas eram lavadas em córregos, a casa não era tão arejada nem organizada nem de alvenaria), mas era a condição e a adaptação daquelas pessoas. Não observo a felicidade de um morador da grande São Paulo naquela região assim como pessoas como aquelas na grande São Paulo. Claro que há exceções . Mas por isso acredito que felicidade seja meramente adaptação, relevando mais uma vez a diferença desta com evolução.
Assim, não é possível definir um padrão absoluto de felicidade, uma vez que não é uma medida tangível nem ligada à parâmetros capitalistas em todas as sociedades. Em contrapartida, também não é possível alcançar a plena felicidade com violência, precariedade de saneamento básico, doenças venéreas e virais.
Vale ressaltar que, a felicidade já é considerada um indicador de desenvolvimento na atualidade e leva em conta condições como alimentação, moradia, saneamento e saúde. Além disso, em 2014, pelo sétimo ano seguido, o povo brasileiro foi o mais otimista quando o assunto é felicidade futura. Lideram esse otimismo os nordestinos, seguidos pelos moradores do Centro-Oeste, do Sul, Norte e Sudeste. (Creio que esses dados por si só, considerando a concentração de capital nas regiões, sustenta a afirmação de felicidade ser apenas questão de adaptação, independente da condição monetária ou social).
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