A desconfiança é fruto da inteligência. Inteligência possessa da certeza de que o conhecimento do bem é também o conheicmento do mal. Confiança é algo que para existir no homem precisa se impor contra seus instintos de inteligência programada para desconfiar.
É como se fosse necessário, dentro das relações humanas, um terreno imaginário para que tudo se formasse. Um terreno o qual tivesse a forma de uma plataforma giratória, um grande disco horizontal móvel em torno de um eixo. Essa plataforma teria de comportar uma pessoa (que teria sua confiança em teste). Caso a pessoa de mantivesse equilibrada sobre a plataforma instável, e mesmo assim sentindo-se segura, a confiança teria sido conquistada.
Entretanto, pelo terreno ser giratório, é possível que abalos afetem o equilíbrio e altere a estabilidade do local, fragmentando a confiança conquistada.
E é exatamente isso que enxergo e vivo!
Não sou capaz de me equilibrar sobre plataforma alguma. Não procuro terrenos exuberantes, não peso muito, só preciso de algo que me comporte (e juro que nem é tão difícil).
Tenho testado algumas plataformas ultimamente, e o grande problema é que, quando ponho o primeiro pé sobre a plataforma e me sinto confortável para equilibrar os dois, o do terreno provoca um abalo sísmico que instabilida a superfície do terreno que cultivo para manter meu sentimento confiável, o que faz com que não tenha coragem de me sustentar ali.
E esse é o problema. Sao os abalos sísmicos das relações interpessoais. Porque tudo é muito efêmero, tudo é muito supérfluo e movido por arquétipos.
E aí, quando analisam que não sou capaz de confiar e acreditar, idealizam uma visão negativa, como se a culpa fosse minha.
Carrego cicatrizes. E os abalos sísmicos das reações a potencializam. Fazendo com que minha falta de confiança também seja pontencializada.
São grandezas diretamente proporcionais.
C = EP
Ct x Ab. S
Onde,
C = Confiança
EP = estabilidade da plataforma
Ct =cicatrizes
Ab. S= abalos sísmicos das relações pessoais
Se dessa maneira complicou, tente imaginar essa plataforma como uma corda bamba, e os abalos sísmicos como as vibrações que a corda sofre.
Para que haja confiança, tem de haver equilíbrio de quem está na corda, assim como crença em quem está a provoca as vibrações nas estremidades.
Além disso, a confiança é baseada nas coisas singelas. Uma ligação, uma simples palavra, um singelo gesto ou olhar podem complementar tal segurança.
Assim sendo, não tenho confiança, tenho fé. Tenho fé no amor dos meus pais por mim, que é algo divino e sim, me permite confiança, e só. Tornando um mantra ainda mais forte dentro de mim, a tal frase do Santo Inácio de Loyola, a qual me fornece um pouco mais de orgulho de ser espírito Santense
"TRABALHA COMO SE TUDO DEPENDESSE DE TI, E CONFIA COMO SE TUDO DEPENDESSE DE DEUS"
Nessa frase, observo a confiança ligada intrinsecamente com a fé.
Desejo a todos relações estáveis e confiança para que possam apoiar os dois pés sobre plataformas e cordas. Caso não seja possível, desejo o equilíbrio interior e a redução das lágrimas.
Namastê.
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