domingo, 25 de outubro de 2015

A Persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

A partir da segunda metade do século XX, com o advento da pílula anticoncepcional, da minissaia assim como do movimento feminista as mulheres ampliaram a igualdade de gênero adquirindo direitos morais e éticos. Apesar de todos os avanços, em pleno século XXI o sexo feminino ainda luta contra a persistência da violência. Esta persistência ocasiona problemas de cunho social, moral e até econômico, os quais precisam ser combatidos.

É notório que avanços foram conquistados, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, mas não há total eficácia devido a dificuldade de monitoramento e o desrespeito. Isto ocorre devido padrões seculares, uma vez que o papel feminino esteve restrito ao lar, de maneira submissa ao homem e sem efetiva atuação na economia e na política, prova disso é a diferença salarial e o contingente de cargos públicos femininos menor que masculinos. Estes pensamentos engessados contribuem para a persistência da violência contra a mulher.

A economia, além disso, também é afetada. O elevado e crescente número de assassinatos demonstra o cenário da violência, isto é um fator que não atrai investimentos estrangeiros, como empresas do ramo de cosméticos, por exemplo. Vale ressaltar também o papel que a mulher exerce na família, de afeto e estabilidade. A violência dentro da família diante de crianças - que reproduzem modelos - faz com que esse cenário se perpetue na sociedade.

Vê-se, portanto, a necessidade da atuação conjunta de governos e sociedade. Ao Governo Federal compete a ampliação do monitoramento das Lei Maria da Penha e do Feminicídio, aderindo em todos os estados medidas como a adotada no Espírito Santo, do "Botão do Pânico", a qual a mulher o aciona quando o agressor estiver próximo. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)  deve acompanhar as crianças nas escolas amparando os problemas de crianças que presenciam a violência e educando sobre o papel da mulher na sociedade. Os Governos Estaduais devem conceder incentivos fiscais às empresas além de ampliar a segurança com a instalação de UPP's (Unidades de Polícia Pacificadora) com potencial econômico mas elevado índice de violência contra mulher. Desta maneira, com uma boa gestão pública, é possível minimizar a violência e valorizar as lutas femininas. 

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