Hoje tive a oportunidade de almoçar com uma família mineira e confesso que é uma experiência sensacional. Não difere muito da família de cultura italiana. Sempre lhe oferecerão comida até não conseguir mais comer um grão e no café da tarde os primos se reunião em um canto enquanto os tios estarão conversando em outro, mas sempre interagindo.
Mas a receptividade mineira é singular com direito a sorrisos, abraços e beijos na bochecha com marca de batom ilimitados. A comida então, nem se fale. Você se deparará com um feijão tropeiro espetacular para "encher o pandú"- que, em Minas, aos domingos é mais certo que uva passa nas comidas de fim de ano.
E o melhor de tudo é ouvir o modo de conversar.
Não sei lidar em ser recebida com um "comê que cê ta?" e com o aconchego de estar no sofá (que sempre cabe mais um) e chegar um primo e dizer "arreda um pouco" ou então receber um convite "vamo conós" ou "vamo cagente" ou ainda ser convidada para um "cafezim" com um "pãozim" e durante o café ouvir uma explicação com "olha pro cê vê". Acompanhar a rixa "cabulosa" entre Cruzeiro e Galo e tentar entender qual "jugô" melhor. "Nú", "Nossinhora". Sem falar no "sô". Eu me derreto toda ao escutar um "sô". Minha vontade de abraçar toda a família, colocar em um baú e carregar pra casa!
Meu apreço à todas as família mineiras que são "um trem bão dimais da conta, sô"
Namastê.
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