domingo, 16 de agosto de 2015

Justiça com as próprias mãos

O Código de Hamurabi considerado uma das primeiras leis escritas da humanidade expressava a ideia de "olho por olho, dente por dente", sendo válido na antiguidade. Entretanto, tal máxima não se aplica na atualidade, uma vez que exitem culturas diversificadas e sociedades com ideologias distintas. Praticar justiça com as próprias mãos estimula a violência além de ocasionar problemas sociais e psicológicos na população.

Casos de vítimas que reagiram à abordagens de bandidos são recorrentes. Mas tal modo de agir estimula a ação violenta do bandido pondo vidas em riscos, como ocorre com disparo de balas perdidas, agressões físicas e verbais. Isto pode acarretar deficiências motoras e distúrbios psicológicos, como paraplegia e síndrome do pânico.

A violência também é estimulada. Uma criança que cresce com a concepção de reagir a um assalto ou que observa a sociedade que está inserida se portar com violência perante crimes, colocando o bandido como vítima, por exemplo, entende como natural as manifestações violentas, perpetuando esse modelo de agir quando adulto. Forma-se um ciclo violento e com cidadão bárbaros.

Espera-se assim, uma sociedade mais pacífica, por meio da garantia da segurança da população por parte da Polícia Municipal, com rondas rotineiras pelos bairros. Compete também ao Governo Federal investir na educação pública desde a infância inserindo a ideia dos malefícios de reagir à assaltos e subsidiar programas de mesmo cunho para instituições privadas. Ao Governo Municipal, caberia o investimento na rede do SUS para assistências psico traumáticas, de acordo com as estatísticas de cada região. Assim, com uma boa gestão pública e uma sociedade coesa é possível deixar a lei do Talião apenas na História.

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