sábado, 16 de janeiro de 2016

Calamidades naturais: uma resposta da natureza ao homem?

                                                      Homem: o vilão e a vítima

Ao longo da história a espécie humana tentou manipular a natureza. A descoberta do fogo, o manuseio de metais assim como de pedras polidas e lascadas auxiliou nessa tentativa. Em pleno século XXI o homem ainda enfrenta desafios no que tange domínio da natureza e as calamidades naturais, as quais precisam ser resolvidas.

Os desastres naturais são apenas desastres por consequência da ocupação do homem - e não só culpa do aquecimento global. isto é mais relevante no Brasil, o qual possuiu uma urbanização rápida na década de 70. Isto ocasionou o crescimento desenfreado e sem planejamento das cidades, deixando de legado a favelização, a construção de casas à margem dos rios assim como proximidade de residências e regiões de floresta.

Vale lembrar que o clima é cíclico, uma vez que efeitos climáticos obedecem uma rotina temporal. Em 1915 Rachel de Queiroz retratou a seca, ocasionada pelo fenômeno do El niño. Um século depois, o cenário se repete, ocasionando a seca no nordeste e chuva forte nas regiões sul e sudeste. Como consequência, ocorre a inundação das casas que foram construídas às margens dos rios - onde deveria haver mata ciliar; deslizamentos de encostas - como ocorreu na região serrana do Rio de janeiro; assim como a recorrente manifestação de mosquitos que transmitem malária, dengue e agora o zika vírus - transmissão devido a invasão humana do habitat dos mosquitos transmissores.

Vê-se, portanto, a atuação conjunta de governos e de sociedades, tendo em vista que as calamidades são efeitos da ocupação inadequada do homem. Aos Governos municipais cabe o investimento em meteorologia que mapeie as regiões de riscos. À esse sistema meteorológico compete o acoplamento à sirenes as quais avisem sobre o horário de evacuamento das pessoas das moradias de risco. Aos Governos Federais e Estaduais cabe o amparo financeiro e social, com manutenção em possíveis quadras a serem ocupadas pelas famílias e auxílio do exército, corpo de bombeiros e defesa civil. Além disso, investimentos no ramo de saúde para erradicar vírus nocivos são fundamentais. Desta maneira, com governos e sociedades engajados é possível minimizar as calamidades naturais ocasionadas e sofridas pelo próprio homem.


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