quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Transgenia, clonagem e uso de células-tronco no Brasil

Com o advento da Nanotecnologia e os avanços no setor da biotecnologia novas técnicas foram desenvolvidas. Técnicas estas que privilegiam o cotidiano e apresentam projetos revolucionários para ramos da saúde, meio ambiente e economia. Entretanto, tais projetos que aparentam ser benéficos apresentam contradições no que tange setores como religião, ciência e ética, necessitando de avaliação.

Num país agroexportador como o Brasil, o cultivo de alimentos transgênicos e a criação de animais com boa linhagem clonados aparenta ser interessante. Em contrapartida, pelo fato das plantas geneticamente modificadas serem mais resistentes e necessitarem de mais agrotóxicos setores socioambientais questionam a produção, assim como setores religiosos também questionam o método da clonagem, pois interfere no desenvolvimento de algo singular: a vida.

Já as células tronco batem de frente com dogmas da ética e da religião. A Constituição Brasileira declara inviolável o direito à vida, assim como a igreja é contra o aborto. Nesse cenário, a retirada de células de um embrião em fase de desenvolvimento infringe esses dogmas, mesmo que o objetivo seja salvar vidas, algo também defendido na constituição (o direito e a manutenção à saúde).

Vê-se, portanto, a necessidade da conciliação de instituições científicas, éticas e religiosas. Caberia ao Governo Federal investir subsídios em pesquisas no setor do agronegócio e da saúde, desenvolvendo técnicas de cultivo intensivo com o menor uso possível de transgênicos e agrotóxicos e fornecendo incentivos fiscais para hospitais universitários de extensão e pesquisa. Ao Direito Constitucional caberia intermediar e promover a manutenção dos setores socioeconômicos, julgando casos e quando necessário criando emendas na constituição para que não haja violação à vida. Desta maneira, com uma boa gestão pública e leis bem elaboradas e ratificadas, é possível dar manutenção à vida e à economia de maneira racional.

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